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O futuro das tecnologias
Tecnologia
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Monitores de Qualidade de Água
INTELLISONDE RM
O Sistema extrativo da Intellitect foi desenvolvido para o monitoramento multiparamétrico em rios. Apresenta medição confiável e precisa.A tecnologia é baseada na tecnologia patenteada Intellisonde. Estes sensores são mais robustos que as tecnologias tradicionais e permitem ao usuário a leitura em tempo real das condições das águas dos rios e lagoas.
Tecnologia Tradicional
Liderança e poder em todos os tempos. |
É hora de transferir a rede de tecnologia tradicional para Ethernet e IP VPN?
Mon, 08/09/2010 - 12:01 | by Alejandro Girardotti Historicamente, as tecnologias tradicionais de rede de área ampla (WAN) tais como SDH, Frame Relay ou ATM facilitaram para as empresas a implementação de aplicações transacionais, redes de armazenamento ou distribuição geral de conteúdos. Porém, novas aplicações como Voz sobre IP, tele-presença, web 2.0 e outros serviços multimídia requerem uma largura de banda e flexibilidade muito maior. Além disso, e com o atual panorama do mercado, frequentemente as organizações necessitam estratégias dinâmicas como centralizar-se ou descentralizar-se, expandir-se, comprimir-se ou ajustar-se às flutuações da economia local.Atualmente, estas condições fazem com que muitos gerentes de telecomunicações e TI considerem a adoção de uma arquitetura mais flexível, como o transporte WAN Ethernet ou as Redes Privadas Virtuais IP (IP VPN) baseadas em MPLS (Multiprotocol Label Switching).
As tecnologias e os serviços baseados em Ethernet oferecem às empresas uma alternativa real de flexibilidade de largura de banda e sensibilidade ao tráfego, tal como requerem as aplicações de negócios e a economia atual.
Os serviços de transporte WAN de última geração, como Ethernet e IP VPN são tecnologias sumamente escalonáveis e rentáveis, que oferecem importantes vantagens em relação às redes tradicionais para administrar as conexões e o tráfego entre os escritórios regionais e a escritório central ou data center. Os novos serviços de Rede Privada Virtual LAN Ethernet (VPLS) rodam sobre plataformas MPLS, que automaticamente disponibilizam Qualidade de Serviço (QoS), gestão de roteamento e tolerância a falhas, com um rendimento superior ao do tradicional Frame Relay.
Só alguns provedores de serviços encontram-se bem posicionados para aproveitar suas redes globais de serviços MPLS convergentes e disponibilizar serviços IP VPN Camada 3 e VPLS Camada 2 em uma plataforma de transporte comum. Estas soluções de rede de área ampla híbridas oferecem mais flexibilidade e rentabilidade ao aproveitar as características particulares das tecnologias de Camada 2 e Camada 3.
Os provedores de serviços de última geração estão implementando em suas redes plataformas multi serviços sumamente eficientes, melhorando suas capacidades e recursos técnicos e incorporando características como qualidade de serviço para assegurar que as empresas de hoje em dia possam enfrentar eficientemente os negócios no futuro.
Tradicionalmente, o Frame Relay é uma das tecnologias de rede WAN mais utilizadas para interconectar os escritórios regionais com as instalações principais, sedes centrais ou datacenters. Porém, com o aumento das aplicações sensíveis ao tráfego e que requerem uma maior largura de banda nas redes corporativas, Frame Relay —como tecnologia tradicional— tem duas limitações cruciais: largura de banda e rentabilidade.
O Frame Relay não conta com a capacidade de cumprir com estes novos requerimentos de largura de banda e, além disso, é mais caro para aumentar a largura de banda em comparação com a tecnologia Ethernet. Devido a seu baixo custo, melhor escalonabilidade e eficiência operacional, o transporte WAN Ethernet surgiu como a tecnologia preferida para atender as necessidades de migração de redes corporativas.
Migrar de Frame Relay, SDH ou ATM para Ethernet pode simplificar-se, em grande medida, através de uma correta planificação. A transferência para uma solução de transporte WAN de última geração é uma decisão importante porque frequentemente se requer uma atualização de hardware e software, bem como mudanças na infraestrutura da rede (por exemplo, endereçamento IP). É por isso que se deve preparar um meticuloso plano de migração para minimizar o tempo de inatividade. Dessa forma, a nova rede deve oferecer possibilidades de escalonabilidade, permitir uma fácil gestão e detecção de erros e uma rápida adaptação a novas aplicações que requeiram uma maior largura de banda.
Alguns dos indicadores chave que assinalam que é hora de realizar a migração são:
- A atualização de um sistema de telefonia tradicional para um serviço de telefonia de voz sobre IP, que economize custos de comunicação interna e externa.
- A necessidade de implementar aplicações de colaboração em um ambiente totalmente malhado.
- A centralização de servidores em data centers.
- A utilização de vídeo nas comunicações, treinamentos e reuniões.
- A necessidade de priorização de aplicações conforme sua criticidade e importância no negócio.
- A necessidade de manter alta disponibilidade da rede por ser um componente essencial das operações diárias.
- A dificuldade de reparar e manter os dispositivos de acesso tradicionais (FRAD, etc.).
As atuais opções de transporte WAN de última geração incluem redes IP VPN e serviços de rede WAN Ethernet (VPLS), ambas baseados em MPLS
- MPLS IP VPN: O desenho desta solução de Camada 3 é similar ao das redes Frame Realy, baseadas em roteadores, mas oferece um desenho simplificado com acessos transparentes (TDM) e conectividade totalmente malhada, com um endereçamento IP mais simples. A planificação da capacidade realizada por porta ou lugar também é mais simples que a planificação tradicional baseada no Circuito Virtual Permanente (PVC) do Frame Relay. O fornecimento do acesso local será Ethernet onde estiver disponível e TDM (E1, E3) em outros lugares. Por ser um serviço administrado, a rede IP VPN sobre MPLS oferece o benefício de contar com um equipamento roteador em modalidade de serviço para subsidiar os custos de investimentos iniciais de implementação.
- WAN Ethernet: O desenho desta solução de Camada 2 é muito similar à arquitetura de rede baseada em um CPE Frame Relay (FRAD Customer Premise Equipment), só que estabelecendo uma conectividade Ethernet através da WAN. Felizmente, as semelhanças entre as tecnologias fazem com que a migração seja muito simples. Ambas as tecnologias utilizam grandes equipamentos de borda do provedor (PE-Provider Edge), e combinam interfaces menores e circuitos de taxa de transferência (CIR – committed information rate) também menores em troncais maiores para o transporte de dados através da rede. Mais especificamente, a Ethernet utiliza os Circuitos Virtuais Ethernet (EVC – Ethernet Virtual Circuits) para substituir os PVC do Frame Relay; o Identificador de Conexão Frame Relay (DLCI) é substituído por um identificador de Rede Virtual Ethernet (VLAN), e o tráfego encaminha-se de um lado para o outro da rede. E aí podem desenvolver todas as mesmas topologias de redes clássicas: ponto a ponto, ponto a multiponto e totalmente malhada, de qualquer ponto a qualquer ponto.
- Suporta conectividade multiponto real vs. circuitos virtuais permanentes de ATM/FR a partir dos escritórios regionais até o nó central.
- Substitui os circuitos de Frame Relay por múltiplos circuitos virtuais (VLANs) sobre um enlace único.
- Tem regras de largura de banda CIR similares às do Frame Relay e ATM.
- Ajusta-se a uma estrutura similar de endereçamento de circuito virtual.
- Aumenta o controle e a flexibilidade para um manejo da largura de banda conforme as classes de serviço para as necessidades atuais das aplicações.
- Simplifica a gestão da rede com menos circuitos e variações de QoS/Classes de Serviços (CoS) para administrar. Uma interface disponibiliza suporte a todas as necessidades do cliente.
- Emprega opções de Classes de Serviços equiparáveis, a um custo mais baixo.
- Evita contínuas atualizações de velocidade de tecnologias tradicionais, que implicam uma custosa substituição do hardware de interface.
- Disponibiliza uma solução Ethernet completa que oferece maior largura de banda por preço.
Em um próximo artigo, apresentarei uma estratégia para realizar a migração de uma rede de dados Tradicional para uma rede WAN Ethernet, que inclui uma sondagem dos problemas que as empresas podem enfrentar durante a migração e uma metodologia detalhada para realizá-la com sucesso.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Kid Vinil
Kid Vinil quando é que tu vai gravar cd
Tecnologia existe pra salvar o homem do fim
Se você estiver triste delete a tristeza assim
E se quiser conversar passe um fax pra mim
Time is money god is dead have you a nice dream
Da humanidade inteira sem tirar os pés do chão
Reza o pai-nosso em hebraico filosofa em alemão
Descobre porque que o Michael deu chilique na televisão
Milhares de megabytes abatendo a solidão
Com a graça de Bill Gates salve a globalização
Se o homem já foi à lua vai pegar o sol com a mão
Basta comprar um pc aprender o abc da informatização
sábado, 14 de agosto de 2010
José Manuel Moran
terça-feira, 1 de junho de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO: NOVOS TEMPOS, OUTROS RUMOS
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Integração de tecnologias com as mídias digitais
(Programa 1)
INTEGRAÇÃO DE MÍDIAS E A RECONSTRUÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Maria Elisabette Brisola Brito Prado(1)
Atualmente, várias escolas públicas e privadas têm disponível o acesso às diversas mídias para serem inseridas no processo de ensino e aprendizagem. No entanto, diante deste novo cenário educacional, surge uma nova demanda para o professor: saber como usar pedagogicamente as mídias. Com isso, o professor que, confortavelmente, desenvolvia sua ação pedagógica tal como havia sido preparado durante a sua vida acadêmica e em sua experiência em sala de aula, se vê frente a uma situação que implica novas aprendizagens e mudanças na prática pedagógica.
De fato, o professor, durante anos, vem desenvolvendo sua prática pedagógica prioritariamente, dando aula, passando o conteúdo na lousa, corrigindo os exercícios e provas dos alunos. Mas este cenário começou (e continua) a ser alterado já faz algum tempo com a chegada de computadores, internet, vídeo, projetor, câmera, e outros recursos tecnológicos nas escolas. Novas propostas pedagógicas também vêm sendo disseminadas, enfatizando novas formas de ensinar, por meio do trabalho por projeto e da interdisciplinaridade, favorecendo o aprendizado contextualizado do aluno e a construção do conhecimento.
Para incorporar as novas formas de ensinar usando as mídias, é comum o professor desenvolver em sala de aula uma prática “tradicional”, ou seja, aquela consolidada com sua experiência profissional – transmitindo o conteúdo para os alunos – e, num outro momento, utilizando os recursos tecnológicos como um apêndice da aula. São procedimentos que revelam intenções e tentativas de integração de mídias na prática pedagógica. Revelam, também, um processo de transição entre a prática tradicional e as novas possibilidades de reconstruções. No entanto, neste processo de transição, pode ocorrer muito mais uma justaposição (ação ou efeito de justapor = pôr junto, aproximar) das mídias na prática pedagógica do que a integração.
Para desenvolver uma prática pedagógica voltada para a integração das mídias, uma das possibilidades tem sido o trabalho por projetos. Na perspectiva da pedagogia de projetos, o aluno aprende-fazendo, aplicando aquilo que sabe e buscando novas compreensões com significado para aquilo que está produzindo (Freire & Prado, 1999; Almeida, 2002; Prado, 2003).
A pedagogia de projeto (2), tendo como enfoque a integração entre diferentes mídias e áreas de conhecimento, envolve a inter-relação de conceitos e de princípios, os quais, se não tiverem a devida compreensão, podem fragilizar qualquer iniciativa de melhoria de qualidade na aprendizagem dos alunos e de mudança da prática do professor.
Em se tratando da aprendizagem por projeto, Prado (2001) enfatiza a sua importância pelo fato de o aluno poder aplicar aquilo que sabe de forma intuitiva e/ou formal, estabelecendo relações entre conhecimentos, o que pode levá-lo a ressignificar os conceitos e as estratégias utilizadas, ampliando o seu escopo de análise e compreensão. Entretanto, essa abordagem pedagógica requer do professor uma postura diferente daquela habitualmente utilizada no sistema da escola, ou seja, requer uma postura que concebe a aprendizagem como um processo que o aluno constrói “como produto do processamento, da interpretação, da compreensão da informação” (Valente, 2003, p. 20).
Assim, os tópicos apresentados a seguir discutem alguns conceitos e as possíveis implicações envolvidas no processo de reconstrução da prática pedagógica voltada para a integração de mídias.
Conceito de Integração
O sentido atribuído à idéia de integração de mídias na prática pedagógica tem sido muitas vezes equivocado. O fato de utilizar diferentes mídias na prática escolar nem sempre significa integração entre as mídias e a atividade pedagógica. Integrar – no sentido de completar, de tornar inteiro – vai além de acrescentar o uso de uma mídia em uma determinada situação da prática escolar. Para que haja a integração, é necessário conhecer as especificidades dos recursos midiáticos, com vistas a incorporá-los nos objetivos didáticos do professor, de maneira que possa enriquecer com novos significados as situações de aprendizagem vivenciadas pelos alunos.
Nesta perspectiva, o cenário educacional requer do professor saber como usar pedagogicamente as mídias e, este “como” envolve saber “o quê” e “o porquê” usar tais recursos. Por outro lado, este saber “como”, “o quê” e “o porquê” usar determinadas mídias encontra-se ancorado em princípios educacionais, orientadores da prática pedagógica do professor. No caso, por exemplo, de um professor desejar desenvolver sua ação tomando por base uma concepção reprodutora de aprendizagem, ele pode utilizar um aplicativo de Editor de texto para o aluno fazer cópia de algo já produzido ou, ainda, utilizar um vídeo para o aluno assistir, por se tratar de um assunto visto em sala de aula.
Neste exemplo, podemos dizer que houve integração de mídias na prática pedagógica? Quais possibilidades foram favorecidas pelo uso das mídias, visando ao aprendizado do aluno?
Utilizar um Editor de texto para fazer uma cópia pode ter ajudado o aluno a aprender a operacionalizar um aplicativo, mas isto é pouco numa perspectiva educacional que concebe o uso das mídias integrado no processo de ensino e aprendizagem. Da mesma forma, em relação ao uso do vídeo, se não houver a mediação do professor, em algum momento, pode se perder muito do potencial desta mídia, que pode trazer informações contextualizadas, por meio de uma linguagem própria, constituída pelo dinamismo de imagens e de sons.
Na mediação pedagógica, o papel do professor é completamente diferente daquele que ensina, transmitindo informações, aplicando exercícios e avaliando aquilo que o aluno responde, em termos de certo ou errado. A mediação pedagógica demanda do professor ações reflexivas e investigativas sobre o seu papel, enquanto aquele que faz a gestão pedagógica, criando condições que favoreçam o processo de construção do conhecimento dos alunos. Nas palavras de Perrenoud (2000), o seu papel concentra-se “na criação, na gestão e na regulação das situações de aprendizagem” (p. 139).
Na perspectiva da integração, em se tratando, por exemplo, do uso pedagógico do vídeo, a mediação do professor deve propiciar que as informações veiculadas por esta mídia sejam interpretadas, ressignificadas e, possivelmente, representadas em outras situações de aprendizagem (usando ou não os recursos da mídia), que possibilitem ao aluno transformar as informações em conhecimento.
Por outro lado, o vídeo também pode ser utilizado como meio de representação do conhecimento do aluno. É um enfoque que pode ser desenvolvido, pelo fato de oferecer um contexto extremamente rico de aprendizagem para o aluno, principalmente quando o professor prioriza ações que permitem ao aluno sentir-se autor-produtor de idéias. Para isto, o professor precisa conhecer as implicações envolvidas na produção de um vídeo, que vão além da operacionalização de uma câmera.
O desenvolvimento de uma atividade ou de um projeto usando a produção de vídeo requer um trabalho em grupo entre os alunos e, muitas vezes, entre os profissionais de uma mesma instituição ou externos a ela. Para produzir um vídeo, o grupo parte de um objetivo, cuja definição envolve negociação e argumentação entre os componentes do grupo, para se chegar a um consenso que seja significativo para todos os envolvidos. Esse consenso, segundo Almeida (2004), deve refletir o “reconhecimento de si mesmo e do outro em sua singularidade e diferenciação, do respeito mútuo, da construção da identidade individual simultânea com a construção do grupo como um sistema que engloba pensamentos, emoções, ações, experiências anteriores, maneiras de ser, estar, sentir, pensar e fazer com o outro”.
Assim, a partir da interação entre os componentes do grupo e da definição do foco do vídeo, a atividade de produção caminha em direção à pesquisa de dados, informações, imagens e à elaboração do roteiro. Nesta situação, o uso da internet, tanto para busca como para comunicação, ganha um sentido importante no processo de produção. E o uso de um Editor de texto também pode ter um papel bastante significativo para o aluno durante a elaboração do roteiro, viabilizando e facilitando o processo de produção da escrita e reescrita do pensamento.
No contexto do roteiro, a produção da escrita envolve vários aspectos de caráter cognitivo e criativo, tais como: antecipações, planejamento, organização lógica das informações e dos fatos pesquisados e coerência entre as imagens, textos e sons, respeitando os parâmetros do tempo e do foco intencional do produto, isto é do vídeo. No entanto, a elaboração do roteiro, bem como a sua concretização para se chegar ao produto, requer outras aprendizagens, de um universo de domínios para o qual o professor não foi preparado. Mas ele pode viabilizar o uso pedagógico deste universo de mídias, trabalhando em parceria com o outro, que pode ser um colega que tenha conhecimento prático sobre tais domínios, ou um aluno ou, ainda, um profissional da área disposto a subsidiar o grupo na atividade/projeto.
Esta possibilidade, evidenciada no exemplo do trabalho em grupo e em parceria, está pautada na perspectiva de aprendizagem em rede, que se constitui em assumir uma postura de “aprendente” e de “ensinante”. É por meio do trabalho colaborativo, compartilhado e coletivamente significativo que este tipo de aprendizagem pode ocorrer. No entanto, esta vivência de aprendizagem não é algo simples, pois no trabalho colaborativo as pessoas expõem suas limitações (provisórias), suas potencialidades e o grau de abertura para a negociação de significados entre os componentes do grupo. Existe o confronto de idéias, que exige o exercício de relacionamento, de abertura, tolerância e a convivência com os diferentes, assim como o diálogo com o outro e consigo mesmo. É neste processo de aprender coletivamente que todos podem se fortalecer na sua singularidade.
Mas como o professor pode vivenciar esta nova forma de aprender, para que possa repensar a sua prática e reconstruí-la? Esta reconstrução da prática é fundamental para que o uso da mídia possa ser integrado às atividades pedagógicas, de modo a propiciar aos alunos novas formas de buscar, interpretar, representar e compreender os conteúdos curriculares num escopo ampliado de ressignificações.
Reconstrução da prática pedagógica
O processo de reconstrução da prática não é simples. Para isto, é necessário propiciar ao professor uma vivência de aprendizagem, em que possa refletir de várias maneiras sobre a própria prática, compartilhando suas experiências, leituras e reflexões com seus pares. Isto significa que o professor, atualmente, pode participar de programas de formação continuada desenvolvidos por meio de ambientes virtuais que privilegiem as interações, a articulação entre a ação e reflexão, a prática e teoria, bem como trabalho individual e colaborativo, contemplando o contexto e o cotidiano de sua atuação na escola (Valente & Prado & Almeida, 2003).
A reconstrução da prática requer a sua compreensão e a articulação de novos referenciais pedagógicos que envolvem os conhecimentos das especificidades das mídias, entre outras competências que o paradigma da sociedade atual demanda. Em síntese, o processo de reconstrução do conhecimento e da prática abarca a concepção de aprender a aprender ao longo da vida, numa rede colaborativa que, por sua vez, é viabilizada pela rede tecnológica, integrando as diversas mídias.
Neste sentido, cabe destacar a experiência do Projeto de Formação de Educadores para Integração de Tecnologias na Escola, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Educação de Goiás, Superintendência de Educação a Distância e Continuada e Gerência de Novas Tecnologias, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo da PUC-SP (3), durante o período de dezembro de 2003 a junho de 2004. Neste projeto, foi realizado um curso de 180 horas na modalidade semipresencial, ou seja, com ações presenciais e a distância viabilizadas pelo ambiente colaborativo de aprendizagem – e-ProInfo (4).
Participaram deste curso 136 alunos, que atuam, profissionalmente, nos Programas de Proformação, Proinfo e TV-Escola, Equipe pedagógica da Gerência de Novas Tecnologias e Representantes das Superintendências do Ensino Médio, Fundamental, Profissional, Especial e Gestão.
Este curso visava propiciar aos alunos o aprendizado em relação à integração das tecnologias, a integração das equipes e a preparação para atuarem com EAD na capacitação, atualização e no acompanhamento do trabalho prático nas unidades escolares. Para isto, foram formados, em cada uma das turmas do curso, grupos de alunos de diferentes áreas de atuação para poderem vivenciar a construção de um trabalho colaborativo de aprendizagem.
Nesta experiência, o trabalho em grupo evidenciou para os participantes que a sua força está na complementaridade dos diferentes talentos. Assim, como resultado do curso, os grupos, num total de 22, elaboraram Propostas de cursos-piloto, envolvendo a gestão, professores de EJA (Educação de Jovens e Adultos), de Alfabetização, dinamizadores e professores de escolas regulares trabalhando com projetos. Esta experiência mostrou que os cursos-piloto representaram as sementes, que foram sendo plantadas durante o curso de formação destes profissionais, e que hoje elas cresceram e estão dando novos frutos! E mais, a experiência deixou claro que a reconstrução da prática para o uso integrado de mídias requer também a integração de programas e, essencialmente, requer pessoas olhando para uma mesma direção em termos de propiciar novas formas de aprendizagem para os alunos.
Referências bibliográficas
- ALMEIDA, M. E. B. de. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo: PROEM, 2002.
- ALMEIDA, M. E. B. de. O eu e o outro no grupo. São Paulo, Publicação interna em documentos disponibilizados em cursos promovidos pelo Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo da PUC-SP, 2004.
- FREIRE, F. M. P. & PRADO, M. E. B. B. Projeto Pedagógico: Pano de fundo para escolha de um software educacional. In: Valente, J.A. (org.). O computador na Sociedade do Conhecimento. Campinas, SP: UNICAMP-NIED, 1999. p. 111-129.
- PRADO, M. E. B. B. Articulando saberes e transformando a prática. Boletim do Salto para o Futuro. Série Tecnologia e Currículo, TV-ESCOLA-SEED-MEC, 2001. Disponível no site: http:www.tvebrasil.com.br/salto.
- PRADO, M. E. B. B. Pedagogia de Projetos: Fundamentos e Implicações. Boletim do Salto para o Futuro. Série Pedagogia de Projetos e integração de mídias, TV-ESCOLA-SEED-MEC, 2003. Disponível no site: http:www.tvebrasil.com.br/salto.
- VALENTE, J. A. O papel do computador no processo ensino-aprendizagem. Boletim do Salto para o Futuro. Série Pedagogia de Projetos e integração de mídias, TV-ESCOLA-SEED-MEC, 2003. Disponível no site: http:www.tvebrasil.com.br/salto.
- VALENTE, J. A., PRADO, M. E. B. B. & ALMEIDA, M. E. B. de. Formação de Educadores a Distância Via Internet. São Paulo: Avercamp, 2003.
Notas
(1) Professora na Faculdade de Educação, no Curso de Tecnologia e Mídias Digitais da PUC/SP e Pesquisadora-colaboradora-voluntária do Núcleo de Informática Aplicada à Educação NIED-UNICAMP. Autora de publicações sobre Tecnologia, educação a distância e formação de educadores. Consultora dessa série.
(2) Ver mais detalhes em PRADO, M.E.B.B. Pedagogia de Projetos: Fundamentos e Implicações. Boletim do Salto para o Futuro. Série Pedagogia de projetos e integração de mídias, TV-ESCOLA-SEED-MEC, 2003. Disponível no site: http: www.tvebrasil.com.br/salto.
(3) Este projeto foi coordenado, na PUC/SP, pela Profa. Dra. Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida e Prof. Dr. José Armando Valente.
(4) Para saber mais sobre e-ProInfo ver site: http://www.eproinfo.mec.gov.br
Um bom gestor muda a escola
Por que escolas semelhantes são, muitas vezes, tão diferentes?. Vemos escolas com o mesmo orçamento, os mesmos recursos, que atendem o mesmo público, ficam no mesmo bairro, e mostram resultados bem discrepantes.
O que é essencial para ter uma escola diferenciada?. Uma boa escola começa com um bom gestor. Muitos excelentes professores são maus gestores, administradores. O bom gestor é fundamental para dinamizar a escola, para buscar caminhos, para motivar todos os envolvidos no processo.
No meio de tantas escolas públicas com tantos problemas, visitei várias vezes uma escola municipal da periferia de São Paulo. A escola era simples, com um clima cordial entre os professores e funcionários. A maioria está lá há muito tempo. Qual o segredo? O diretor. Um homem dinâmico, acolhedor e que conversa com professores e alunos, atrai pessoas da comunidade para apoiar a escola. Não tem grandes recursos, tem pessoas motivadas, unidas pela amizade e o carisma do gestor. Um bom gestor muda uma escola. “Uma direção motivada, orientada por metas claras compartilhadas com professores, pais e alunos é onde tudo começa. Devido às baixas condições de trabalho, o que vemos, no Brasil, especialmente na periferia das grandes cidades, é uma alta rotatividade de diretores e de professores, além de um excesso de faltas; há diretores que não ficam mais do que um ano à frente de uma escola. Não se premia quem se esforça nem se pune quem demonstra baixo desempenho e, para completar, o envolvimento dos pais é pequeno e o currículo, desinteressante”.[1]
O exemplo de Gary Wilson, que recuperou sete escolas públicas carentes, é fundamental para enxergar os caminhos da nova gestão escolar. “Em 2000, a Lochburn Middle School, escola do distrito de Clover Park, no estado de Washington, estava para fechar as portas: o rendimento de seus 800 alunos era muito inferior ao mínimo exigido pela avaliação externa feita periodicamente pelo governo. Em um dia normal, raramente a presença dos alunos chegava a 50%. Os professores, havia muito, tinham desistido de ensinar. Hoje essa unidade é um modelo de escola bem-sucedida. O que aconteceu nesse período? A escola foi praticamente "adotada" pela comunidade: sindicatos, igrejas, estabelecimentos comerciais e entidades não governamentais começaram a participar do processo de ensino e aprendizagem entrando na sala de aula para ajudar estudantes que tinham dificuldades, assumindo a responsabilidade de orientar os jovens durante a sua trajetória escolar até a universidade. Grandes e pequenas empresas doam dinheiro e recursos materiais para que nada falte aos alunos”[2] .
O trabalho primeiro do gestor Gary Wilson é motivar professores, funcionários e alunos, valorizando-os, escutando-os e depois traçando um plano de ação focando o que é prioritário. Depois envolve as lideranças do bairro, os meios de comunicação locais e o trabalho voluntário de tutoria da comunidade. Se escolas condenadas se recuperaram, qualquer escola pode ser atuante, inovadora.
Uma escola que se articula efetivamente com os pais (associação de pais), com a comunidade, que incorpora os saberes da comunidade, que presta serviços e aprende com ela.
Uma escola que prepara os professores para um ensino focado na aprendizagem viva, criativa, experimentadora, presencial-virtual, com professores menos “falantes”, mais orientadores, ajudando a aprender fazendo; com menos aulas informativas e mais atividades de pesquisa, experimentação, projetos; com professores que desenvolvem situações instigantes, desafios, solução de problemas, jogos.
Uma escola que fomenta redes de aprendizagem, entre professores das mesmas áreas, e, principalmente, entre alunos; que aprendem com os pares. O aluno aprende com o colega, o mais experiente ajuda ao que tem mais dificuldades. Como nos projetos aluno-monitor (da Microsoft).
Uma escola com apoio de grandes bases de dados multimídia, de multi-textos de grande impacto (narrativas, jogos de grande poder de sensibilização), com acesso a muitas formas de pesquisa, de desenvolvimento de projetos.
Uma escola que privilegia a relação com os alunos, a afetividade, a motivação, a aceitação, o conhecimento das diferenças. Que envolve afetivamente os alunos, dá suporte emocional, que leva a que os alunos acreditem em si mesmos.http://gestaodemidiasslz.blogspot.com/2009_07_01_archive.html
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Mídia – Novas Práticas de Ensino no Mundo Globalizado
Trabalho Cientifico Autores: Elvis Rossi Mello Eliana Rossi Mello Migliorini RESUMO Muitos profissionais da educação discutem novas praticas de ensino como atitude emergente nas escolas brasileiras. Estes recursos podem ser: vídeo, som, imagem, através de recursos multimídia e internet. Neste novo conceito de ensino, o professor esta assumindo o papel de mediador de conhecimentos, pois o processo de ensino-aprendizagem deverá ser dirigido a um publico que não mais recebe e ingere informações, mas interage com as mesmas, interfere no processo e questiona o conteúdo e conceitos. A globalização abriu novos caminhos e possibilidades para que todos busquem novos conhecimentos, isto em todas as áreas principalmente a do ensino escolar.
Mídia – Novas Práticas de Ensino no Mundo GlobalizadoPor ELVIS ROSSI MELLO
Mídia e Educação
Mídia e Educação
Maria Inês Ghilardi-Lucena
Centro de Linguagem e Comunicação, PUC-Campinas
Nossa proposta é iniciar um debate que se estenda para além do uso do jornal na sala de aula – tema deste Seminário – e refletir sobre as relações de outras mídias com a educação. O mundo atual depende cada vez mais dos veículos midiáticos e a escola, como parte da sociedade, não deve deixar de incorporar as inovações tecnológicas deste início de século.
Uma das características mais marcantes do mundo atual é a influência dos meios de comunicação de massa (mídia) na vida cotidiana. Por isso mesmo estamos freqüentemente presenciando uma polêmica sobre os benefícios e os malefícios do poder da mídia.
No que diz respeito à importância do jornal na Educação tem-se debatido, estudado, enfim, parece que o jornal está (sendo) incorporado aos modernos estudos nas diversas áreas do conhecimento. Já é consensual o fato de que o jornal pode e deve estar presente na escola. É claro, também, que esse debate não se esgotou.
Entretanto, discutiu-se muito menos sobre as outras mídias, por exemplo a rádio e a TV educativas, o uso da programação da televisão aberta e de ferramentas eletrônicas, da Internet, do cinema, de revistas não acadêmicas de circulação nacional, que poderiam auxiliar professores e alunos ao serem incorporados à sala de aula servindo de instrumentos pedagógicos. Atualmente, há grande necessidade de reflexões sobre como aproveitar os recursos da Internet sem que os alunos percam a criatividade, não permitindo que seu uso fique reduzido a “copiar” trechos e textos sem critério.
Considerando que esses meios evoluem e modificam-se rapidamente e, ao que parece, a escola nem tanto, nossa reflexão caminha no sentido de ajustar as relações entre as instituições de ensino e os modernos recursos midiáticos. Parece que, na realidade da sala de aula, muitos se inibem, têm dúvidas, medo de arriscar, ousar, ou, então, as dificuldades, os empecilhos do sistema escolar provocam desânimo.
Neste momento, faremos algumas considerações sobre o uso da programação comum da TV na escola e um breve comentário sobre a Internet e a mídia em geral.
Há educadores que são totalmente contra o uso da televisão na escola. Dizem que quanto menos TV, principalmente para as crianças, melhor, mesmo que se pense nos bons programas, excluindo os reality shows e programas de baixa qualidade. Argumentos não faltam: quanto maior o número de horas diante da televisão, mais aumenta o risco de violência, devido a uma tendência de imitação de comportamentos violentos; a TV é para entretenimento, a escola é para estudar etc.
O jornalista e professor Eugênio Bucci, em sua coluna De olho na televisão, publicada na revista Nova Escola (março de 2002), critica a programação televisiva por não possibilitar o desenvolvimento do raciocínio do telespectador. Segundo ele, “ver TV, quase sempre, é sinônimo de pôr o raciocínio em repouso”, ou seja, “não se aprende a raciocinar vendo TV.” No entanto, “existe hoje um certo endeusamento da televisão como ferramenta da educação. É um endeusamento indevido. (...) A TV pode ajudar o professor, mas jamais substituí-lo. Pode até ilustrar as lições, mas jamais guiar o pensamento abstrato, feito de palavras e números. (...) O raciocínio não é entretenimento, mas trabalho mental.” O autor termina o texto dizendo que a televisão “não é capaz de pegar o aluno pela mão e levá-lo aos passeios do raciocínio. Para isso existe o professor, o diálogo, a palavra escrita, o número e a escuridão do que ainda está por ser conhecido.”
A falta de criatividade do jovem – tão apontada por docentes como sendo um dos grandes entraves para os exercícios de produção de texto – parece ter estreita relação com a exposição da criança e do jovem à televisão. A produção dos alunos tem sido “uma espécie de cópia dos padrões consagrados pela televisão”. Bucci (jan./fev. de 2002), em outro texto, diz que:
Já não é mais na escola que a criança aprende a separar o feio do bonito, o certo do errado, a virtude do vício. É na mídia que ela aprende isso. A função de hierarquizar os valores, que já coube à religião e, até meados do século XX, também à instituição escolar, encontra-se hoje usurpada pela tela da TV. Não é fácil. O professor se sente “competindo” com a mídia. Ele precisa ensinar valores éticos e estéticos que a TV “desensina”.
Outro problema causado pela exposição de crianças (adolescentes e adultos também) por muitas horas em frente à TV é a falta da interatividade característica desse meio de comunicação. O telespectador não tem a oportunidade de construir seu próprio discurso – mesmo em relação àqueles programas que se dizem interativos – por não poder dialogar com a televisão. Se partirmos da idéia de que o eu só se constrói na relação com o outro, falta aí a interatividade necessária à constituição do sujeito.
Entretanto, não é fingindo que a TV não existe que resolveremos os problemas da educação. Esse veículo midiático está em quase todos os lares e a grande maioria dos alunos está exposta à sua programação pelo menos em um período do dia. Os estudantes, assim como a maior parte da população em geral, assistem à televisão. E será que ela só traz aspectos negativos ao ser utilizada na escola? Assim, estudá-la e olhar criticamente para sua programação pode ser um caminho para não se deixar “contaminar” pelos males que ela possa causar.
Se o jornal tem auxiliado muito no processo educativo, proporcionando a possibilidade de leitura crítica de seus textos, com a televisão poderá ocorrer o mesmo, e ainda ampliar-se o rol de gêneros de textos a serem estudados, pois esse veículo contém a imagem em movimento, além da palavra, formando um conjunto intersemiótico para ser lido e estudado.
Quanto à Internet, fenômeno mais recente, seu uso vem trazendo uma nova discursividade, uma nova linguagem que, é lógico, também necessita de estudos e debates para que se possa conhecê-la e tirar proveito para o trabalho pedagógico. Ela está se tornando cada vez mais necessária para todos, como o telefone e o automóvel e poderá mudar substancialmente muitos dos nossos hábitos; ela chegou para transformar a nossa história. Seu uso cresce tanto que os textos virtuais terão (até já estão tendo) outros suportes que não o computador pessoal daqui a pouco tempo: telefone celular, televisão ou algum outro utensílio.
O interessante é que ela cria um novo espaço de comunicação, diferente, direto, nem sempre mediado pela imagem (como na TV) e cria a possibilidade de diálogo. Não há o emissor unilateral, não há centralização de produção, de poder. Seu uso torna-se imprescindível à escola, aos professores e alunos.
No entanto, a maneira como utilizá-la deve ser bem direcionada para que não prejudique a educação das crianças e adolescentes. Há várias questões a serem discutidas, sobretudo quando pensamos na leitura com esse novo suporte (virtual) de textos: a enorme quantidade e velocidade de informações da rede; a qualidade de seu conteúdo; o acesso a essas informações; a constituição da identidade, da subjetividade do leitor e o papel do professor.
Nesse contexto, a orientação dos professores é fundamental. Mas as relações dos docentes com a Internet é outra questão merecedora de reflexão. Faz-se necessária, portanto, a discussão sobre como aproveitar os recursos da Internet sem que os alunos percam a criatividade. O professor deve estar bem preparado para auxiliar os estudantes e também ser leitor de textos virtuais.
Nos últimos anos houve uma mudança na situação educacional da sociedade: nos anos 60, as crianças eram “educadas” pelos pais, pela escola, pelo cinema e pelos amigos; hoje, esse papel está distribuído entre a televisão (principalmente), os jornais, as revistas e a Internet. É, portanto, crescente importância da mídia como instrumento de informação no cenário do país e como formadora de opinião. Se eliminarmos a idéia de que a educação deve se restringir à escola, quando, na verdade, está articulada com toda a sociedade como instrumento essencial na formação do indivíduo, os meios de comunicação poderão ser vistos como auxiliares na construção da cidadania. Para isso é necessária, por um lado, a conscientização dos profissionais da mídia de seu papel como agentes dos processos educativos em favor da população; por outro, a formação de educadores para dialogarem com a mídia e serem críticos dos veículos.
Em favor do uso da mídia na formação do cidadão, José Marques de Mello (1999: 41, 42) diz que “uma notícia de jornal conduz a um filme, um seriado de televisão estimula a leitura de um livro, um programa de rádio incita à audição de um disco, um filme motiva a compra de um fascículo ou uma revista.” Assim, teremos cidadãos instruídos que exigirão melhor qualidade da programação de tais veículos. O autor mostra que a “própria indústria midiática, estruturada segundo as regras da economia de mercado, procura captar os anseios dos consumidores, atuando em consonância com as suas expectativas. E quanto maior for a competição entre as produtoras, mais benefícios terão os consumidores, pela variedade de opções existente” (p. 41).
Ler o discurso da mídia é condição para a inserção do sujeito na sociedade e na História de seu tempo.
O acesso à leitura – um bem cultural – deve ser oportunizado a todos os cidadãos. Ler a palavra escrita, a palavra oral, a palavra não-dita, implícita no contexto ou em uma imagem, e depreender o sentido que emana de fatores lingüísticos e extralingüísticos torna-se prioridade na escola e fora dela. O analfabeto, hoje, não é simplesmente aquele que não sabe ler ou escrever, mas o que não compreende os textos que o circundam (Ghilardi, 1999: 107).
O novo deve ser estudado na escola, que continuará seu papel de investir na construção do saber, não se omitindo de participar dos acontecimentos ao seu redor. Ainda nesse sentido, citamos Citelli (35) que defende a idéia de que a inserção da escola no ecossistema comunicativo é um desafio para todos os educadores:
A escola, enquanto instituição privilegiada no contexto da formação da sociabilidade, deve otimizar o seu papel, ampliando o conceito de leitura e aprendizagem, equipando-se para entender melhor os significados e os mecanismos de ação das novas linguagens, interferindo para tratar as mensagens veiculadas pelos meios de comunicação de massa à luz do conceito de produção dos sentidos, algo que se elabora por uma série de mediações e segundo lugares específicos de constituição, que incluem interesses de grupos, valores de classes, simulacros, máscaras etc.
Concluindo, nossa tentativa, aqui, é a de mostrar que:
· a mídia sozinha não muda o comportamento da pessoas;
· ao lado da mídia existem outros mecanismos e agências socializadoras como a família, a Igreja, o grupo profissional, a comunidade e a escola;
· é necessário conhecer com profundidade os vários veículos midiáticos para que se possa criticá-los e usufruir de seus benefícios;
· há experiências positivas do uso da mídia na escola;
· os projetos de estudo dos textos midiáticos são programas de incentivo à leitura;
· o papel do professor é fundamental no uso que se faz da mídia.
Objetivamos levantar questões para um debate que apenas se inicia e criar espaço para a discussão sobre as relações da mídia com a educação. Assim, indagamos:
· Será que a educação é que deve preocupar-se com a mídia, incorporá-la em seus projetos, ou a mídia é que deveria dar (mais) espaço à educação?
· Qual é o papel da rádio e da TV educativas?
· Como os meios de comunicação podem contribuir significativamente para a preparação do educando para a conquista da cidadania?
· Que a mídia influi na educação e é formadora de opinião, é fato. Então, se houvesse maior preocupação dos meios de comunicação com a formação das crianças e dos jovens, muitos problemas educacionais estariam resolvidos. Ou será que investir em educação não traz retorno publicitário e econômico aos veículos midiáticos?
· Qual é o real papel da escola? Dar educação formal e possibilitar a apropriação e a assimilação de conhecimentos e habilidades úteis e/ou necessárias à vida do indivíduo dentro da vida social? Há os que acreditam que ela é a “redentora universal da sociedade, na esperança de que sua ação possibilite a eqüidade social“; há os que “entendem que a escola só pode servir para a reprodução do modelo social, pois ela sempre esteve a serviço das classes dominantes, através da reprodução dos seus valores ou por meio da violência simbólica, inculcando valores dominantes e criando hábitos permanentes de pensamento e conduta” (...) e há os que “consideram que a escola pode ter um papel no processo de transformação da sociedade, não propriamente como um mecanismo social ao lado de outros, que possibilita o encaminhamento da transformação (Luckesi, 1986: 37).
A busca de soluções para os problemas das escolas que não conseguem/conseguiram acompanhar a evolução dos tempos e tirar proveito das relações com a mídia deve ser coletiva, mas o esforço individual conta muito nesse momento.
Esperamos incentivar trabalhos e propostas de pesquisa, que contribuiam para a reflexão dos envolvidos com a educação e gerar, então, mudanças de atitude que possam aprimorar nossas escolas.
Referências bibliográficas
BUCCI, E. As tristes cópias do medíocre. In Editora Abril, Nova Escola. Janeiro/fevereiro de 2002, p. 12.
BUCCI, E. O raciocínio e o entretenimento. In Editora Abril, Nova Escola. Março de 2002, p. 14.
CITELLI, A.O. Educação e mudanças: novos modos de conhecer. In CITELLI, A.O. (coord.) Outras linguagens na escola: publicidade, cinema e TV, rádio, jogos, informática. Coleção Aprender e ensinar com textos, v. 6, São Paulo: Cortez, 2000, p. 17-38.
GHILARDI, M.I. Mídia, poder, educação e leitura. In BARZOTTO, V.H. e GHILARDI, M.I. (orgs.) Mídia, educação e leitura. São Paulo: Anhembi-Morumbi/ALB, 1999, p. 103-112.
LUCKESI, C.C. Presença dos meios de comunicação na escola: utilização pedagógica e preparação para a cidadania. In KUNSCH, M.M. (org.) Comunicação e educação – caminhos cruzados. São Paulo: Loyola/ AEC do Brasil, 1986.
MELLO, J.M. de. Estímulos midiáticos aos hábitos de leitura. In BARZOTTO, V.H. e GHILARDI, M.I. (orgs.) Mídia, educação e leitura. São Paulo: Anhembi-Morumbi/ALB, 1999, p. 39-47.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
Tecnologias
O formar mais pratica na utilização das mídias existentes na escola é através da preparação de aulas que explorem a informática e os recursos áudio visuais .
A tecnologia torna as aulas mais interessantes e até mesmo um desafio para alunos e professores.
Não é somente a informatização das escolas, é necessário também a capacitação dos professores para um melhor aproveitamento e principalmente atualização das novas tecnologias
sábado, 24 de outubro de 2009
TV digital
Segundo o Professor Doutor SÉRGIO FERREIRA DO AMARAL, Coordenador do Grupo de Pesquisa TIC´s da Faculdade de Educação da Engenheiro do CPq “ A educação para o uso da TV digital interativa encontra sua máxima expressão quando professores e alunos têm a oportunidade de criar e desenvolver através dos meios suas próprias mensagens, expressão como estratégia motivadora e desmistificadora, requer, portanto, não apenas decifrar a linguagem da comunicação, mas sim servir-se dela. Alerta que temos que incorporar esta experiência, com os alunos e os professores podem perceber significativamente a construção da realidade que todo conteúdo mediático comporta.” Temos conhecimentos que nos EUA (www.wgate.com) a TV Digital Interativa, prôve acesso à Internet para estudantes e professores na escola e nas residências, através do sistema a cabo e set topboxes instalados, possibilitando aos alunos a resolverem problemas com pouca participação dos pais no processo educativo. Aqui no Brasil a Escola do Futuro (www.labitv.futuro.usp.br), já tem: laboratório integrado com TV digital na educação, grupo de pesquisa, desenvolvimento de conteúdo, treinamento e capacitação, serviço de apoio ao professor em Sala de Aula-SAPSA-repositório de conteúdos educativos, navegação não-linear e Interatividade, convergência da rede de computadores (Internet) e TVDI.
Com todas estas informações, leituras e analisando o que diz o Professor Doutor SÉRGIO, essa nova perspectiva da TV Digital o telespectador deixa de ser um receptor passivo e passa a ser um receptor ativo interagindo com a programação. Essa nova característica nos dá muitas possibilidades para o uso didático e estabelece fortes relações entre Comunicação e Educação que pode auxiliar o professor na compreensão e no desenvolvimento do processo ensino aprendizagem. Mas para que isso posso estar acontecendo de fato, tem que Professor, criar oportunidade para levar o seu aluno a ser sujeito ativo e participativo da programação de maneira direta.
Hipermídia: a linguagem icônica
Hipermídia: a linguagem icônica
A hipermídia é a associação entre hipertexto e multimídia. Textos, imagens e sons tornam-se disponíveis à medida que o usuário percorre as ligações existentes entre eles. A WWW é o sistema hipermídia mais conhecido na atualidade. Sua independência de plataforma e a possibilidade de agregar novos recursos e serviços aos documentos apresentados implicam a facilidade de execução dos vários recursos pedagógicos.
A hipermídia amplia os princípios da escrita eletrônica para o domínio da interação, do som e da imagem. Tudo o que se perceber visual ou audiovisualmente pode fazer parte da tessitura destes documentos digitais que, por sua flexibilidade e por seu dinamismo, farão com que seja cada vez menos nítida a distinção entre escritor e leitor. |