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É hora de transferir a rede de tecnologia tradicional para Ethernet e IP VPN?
Mon, 08/09/2010 - 12:01 | by Alejandro Girardotti Historicamente, as tecnologias tradicionais de rede de área ampla (WAN) tais como SDH, Frame Relay ou ATM facilitaram para as empresas a implementação de aplicações transacionais, redes de armazenamento ou distribuição geral de conteúdos. Porém, novas aplicações como Voz sobre IP, tele-presença, web 2.0 e outros serviços multimídia requerem uma largura de banda e flexibilidade muito maior. Além disso, e com o atual panorama do mercado, frequentemente as organizações necessitam estratégias dinâmicas como centralizar-se ou descentralizar-se, expandir-se, comprimir-se ou ajustar-se às flutuações da economia local.Atualmente, estas condições fazem com que muitos gerentes de telecomunicações e TI considerem a adoção de uma arquitetura mais flexível, como o transporte WAN Ethernet ou as Redes Privadas Virtuais IP (IP VPN) baseadas em MPLS (Multiprotocol Label Switching).
As tecnologias e os serviços baseados em Ethernet oferecem às empresas uma alternativa real de flexibilidade de largura de banda e sensibilidade ao tráfego, tal como requerem as aplicações de negócios e a economia atual.
Os serviços de transporte WAN de última geração, como Ethernet e IP VPN são tecnologias sumamente escalonáveis e rentáveis, que oferecem importantes vantagens em relação às redes tradicionais para administrar as conexões e o tráfego entre os escritórios regionais e a escritório central ou data center. Os novos serviços de Rede Privada Virtual LAN Ethernet (VPLS) rodam sobre plataformas MPLS, que automaticamente disponibilizam Qualidade de Serviço (QoS), gestão de roteamento e tolerância a falhas, com um rendimento superior ao do tradicional Frame Relay.
Só alguns provedores de serviços encontram-se bem posicionados para aproveitar suas redes globais de serviços MPLS convergentes e disponibilizar serviços IP VPN Camada 3 e VPLS Camada 2 em uma plataforma de transporte comum. Estas soluções de rede de área ampla híbridas oferecem mais flexibilidade e rentabilidade ao aproveitar as características particulares das tecnologias de Camada 2 e Camada 3.
Os provedores de serviços de última geração estão implementando em suas redes plataformas multi serviços sumamente eficientes, melhorando suas capacidades e recursos técnicos e incorporando características como qualidade de serviço para assegurar que as empresas de hoje em dia possam enfrentar eficientemente os negócios no futuro.
Tradicionalmente, o Frame Relay é uma das tecnologias de rede WAN mais utilizadas para interconectar os escritórios regionais com as instalações principais, sedes centrais ou datacenters. Porém, com o aumento das aplicações sensíveis ao tráfego e que requerem uma maior largura de banda nas redes corporativas, Frame Relay —como tecnologia tradicional— tem duas limitações cruciais: largura de banda e rentabilidade.
O Frame Relay não conta com a capacidade de cumprir com estes novos requerimentos de largura de banda e, além disso, é mais caro para aumentar a largura de banda em comparação com a tecnologia Ethernet. Devido a seu baixo custo, melhor escalonabilidade e eficiência operacional, o transporte WAN Ethernet surgiu como a tecnologia preferida para atender as necessidades de migração de redes corporativas.
Migrar de Frame Relay, SDH ou ATM para Ethernet pode simplificar-se, em grande medida, através de uma correta planificação. A transferência para uma solução de transporte WAN de última geração é uma decisão importante porque frequentemente se requer uma atualização de hardware e software, bem como mudanças na infraestrutura da rede (por exemplo, endereçamento IP). É por isso que se deve preparar um meticuloso plano de migração para minimizar o tempo de inatividade. Dessa forma, a nova rede deve oferecer possibilidades de escalonabilidade, permitir uma fácil gestão e detecção de erros e uma rápida adaptação a novas aplicações que requeiram uma maior largura de banda.
Alguns dos indicadores chave que assinalam que é hora de realizar a migração são:
- A atualização de um sistema de telefonia tradicional para um serviço de telefonia de voz sobre IP, que economize custos de comunicação interna e externa.
- A necessidade de implementar aplicações de colaboração em um ambiente totalmente malhado.
- A centralização de servidores em data centers.
- A utilização de vídeo nas comunicações, treinamentos e reuniões.
- A necessidade de priorização de aplicações conforme sua criticidade e importância no negócio.
- A necessidade de manter alta disponibilidade da rede por ser um componente essencial das operações diárias.
- A dificuldade de reparar e manter os dispositivos de acesso tradicionais (FRAD, etc.).
As atuais opções de transporte WAN de última geração incluem redes IP VPN e serviços de rede WAN Ethernet (VPLS), ambas baseados em MPLS
- MPLS IP VPN: O desenho desta solução de Camada 3 é similar ao das redes Frame Realy, baseadas em roteadores, mas oferece um desenho simplificado com acessos transparentes (TDM) e conectividade totalmente malhada, com um endereçamento IP mais simples. A planificação da capacidade realizada por porta ou lugar também é mais simples que a planificação tradicional baseada no Circuito Virtual Permanente (PVC) do Frame Relay. O fornecimento do acesso local será Ethernet onde estiver disponível e TDM (E1, E3) em outros lugares. Por ser um serviço administrado, a rede IP VPN sobre MPLS oferece o benefício de contar com um equipamento roteador em modalidade de serviço para subsidiar os custos de investimentos iniciais de implementação.
- WAN Ethernet: O desenho desta solução de Camada 2 é muito similar à arquitetura de rede baseada em um CPE Frame Relay (FRAD Customer Premise Equipment), só que estabelecendo uma conectividade Ethernet através da WAN. Felizmente, as semelhanças entre as tecnologias fazem com que a migração seja muito simples. Ambas as tecnologias utilizam grandes equipamentos de borda do provedor (PE-Provider Edge), e combinam interfaces menores e circuitos de taxa de transferência (CIR – committed information rate) também menores em troncais maiores para o transporte de dados através da rede. Mais especificamente, a Ethernet utiliza os Circuitos Virtuais Ethernet (EVC – Ethernet Virtual Circuits) para substituir os PVC do Frame Relay; o Identificador de Conexão Frame Relay (DLCI) é substituído por um identificador de Rede Virtual Ethernet (VLAN), e o tráfego encaminha-se de um lado para o outro da rede. E aí podem desenvolver todas as mesmas topologias de redes clássicas: ponto a ponto, ponto a multiponto e totalmente malhada, de qualquer ponto a qualquer ponto.
- Suporta conectividade multiponto real vs. circuitos virtuais permanentes de ATM/FR a partir dos escritórios regionais até o nó central.
- Substitui os circuitos de Frame Relay por múltiplos circuitos virtuais (VLANs) sobre um enlace único.
- Tem regras de largura de banda CIR similares às do Frame Relay e ATM.
- Ajusta-se a uma estrutura similar de endereçamento de circuito virtual.
- Aumenta o controle e a flexibilidade para um manejo da largura de banda conforme as classes de serviço para as necessidades atuais das aplicações.
- Simplifica a gestão da rede com menos circuitos e variações de QoS/Classes de Serviços (CoS) para administrar. Uma interface disponibiliza suporte a todas as necessidades do cliente.
- Emprega opções de Classes de Serviços equiparáveis, a um custo mais baixo.
- Evita contínuas atualizações de velocidade de tecnologias tradicionais, que implicam uma custosa substituição do hardware de interface.
- Disponibiliza uma solução Ethernet completa que oferece maior largura de banda por preço.
Em um próximo artigo, apresentarei uma estratégia para realizar a migração de uma rede de dados Tradicional para uma rede WAN Ethernet, que inclui uma sondagem dos problemas que as empresas podem enfrentar durante a migração e uma metodologia detalhada para realizá-la com sucesso.
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